Aconteceu na ultima
terça-feira (24), no Centro Universitário Luterano de Santarém (CEULS/ ULBRA)
uma sessão descentralizada da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª
Região PA/AP. Essa é a 3ª vez que a cidade sedia o evento, ao todo, foram
julgados 23 processos trabalhistas, sendo 9 de Santarém, 6 de Altamira, 4 de
Óbidos e 4 de Itaituba.
O desembargador e
presidente da 2ª Turma do TRT, José Eliziário Bentes, iniciou a sessão
destacando a importância da mesma para a região, “estamos cumprindo um
mandamento constitucional, regimental e mais do que isso, estamos nos
aproximando da população, do jurisdicionado, do cidadão que nunca teve, ou
nunca teria a oportunidade de assistir um julgamento em um tribunal”. Todos os
23 processos se iniciaram nas varas do trabalho aqui da Região Oeste do Pará, o
presidente do TRT8 ainda ressaltou “a sessão é publica e os advogados que
militam na região puderam comparecer para fazer a sustentação oral dos seus
recursos e, as partes desses processos também podem assistir, assim como os
estudantes”.
O evento também contou
com a presença de Desembargadores que integram a turma de Belém, a presença dos
magistrados na região viabiliza as partes o acompanhamento mais próximo do
julgamento de seus processos.
Sobre a Sessão, o
Desembargador da 2ª Turma, Vicente Malheiros da Fonseca, discorreu que “existe
um dispositivo na constituição federal, a emenda nº 45/2004 da reforma dos
judiciários que diz que as varas podem fazer itinerância e o tribunal pode se
descentralizar, para dar maior acesso ao jurisdicionado em todas as fases do processo, para que assim o tribunal e a
justiça não sejam um órgão fechado” o Desembargador ainda explicou que com a
descentralização “os advogados podem fazer as defesas de seus clientes aqui
mesmo em Santarém, assim a justiça fica mais acessível e proporciona esse
acesso para democratizar e se tornar mais próximo do jurisdicionado para que
ele possa fazer suas próprias criticas” finalizou.
O presidente da OAB
subseção de Santarém, Ubirajara Bentes destacou a importância social e
acadêmica do evento “A vinda da Colenda 2ª Turma aproxima concretamente o
Tribunal dos jurisdicionados, abrindo; aos Advogados a possibilidade real de
defenderem suas teses recursais, oralmente, sem a necessidade de se deslocarem
à capital”. Continuou, “assistir a sessão descentralizada é beber literalmente
conhecimento jurídico, é a possibilidade dos acadêmicos de direito de
participarem de uma audiência em nível de 2º grau, ou seja, de uma sessão de
julgamento de processos que dificilmente os estudantes teriam no dia-a-dia acadêmico,
terão aqui a oportunidade de ver na prática aquilo que eles aprendem nos
livros” concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário