terça-feira, 22 de setembro de 2015

OAB quer impedir que aluno com deficiência tenha mensalidade mais cara

Presidente lembrou Dia Nacional de 
                 Luta da Pessoa com Deficiência                   

Brasília – A OAB Nacional, reunida em plenário nesta segunda-feira (21), acatou a sugestão da OAB Piauí e aprovou um pedido para ingressar e atuar como parte interessada numa ação que corre no STF (Supremo Tribunal Federal) visando garantir que pessoas com deficiência possam estudar em instituições de ensino privado sem ter que pagar um valor maior que o dos demais alunos.

O ingresso se dará numa ação proposta pela Confenen (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino), que tenta derrubar dispositivos legais que garantem, por exemplo, a existência de tutores exclusivos para os deficientes e a adaptação de estruturas físicas nos locais de ensino. Na prática, a Confederação quer que o deficiente ou que seus familiares arquem com custos adicionais. A Ordem, por sua vez, tem o entendimento de que os valores pagos às escolas não devem ter qualquer diferenciação pelo fato de uma pessoa ser ou não portadora de deficiência.

O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, disse que a decisão de ingresso na ação representa um presente a todos os cidadãos portadores de alguma deficiência. “Hoje, dia 21 de setembro, comemora-se o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A OAB é pioneira na luta pela inclusão desta população, que representa cerca de 24% dos brasileiros. Não podemos nos furtar desta luta”, destacou.

O pedido da Confenen, segundo a Ordem, é eivado de diversas afrontas à Constituição Federal. “Neste sentido, o ingresso da OAB se justifica pela especial atenção de nossa entidade ao assunto, tendo, inclusive, instituído uma atuante Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, além do fato de a lei garantir oportunidade de igualdade a essas pessoas”, disse o relator da ação no pleno da OAB Nacional, o conselheiro federal Sérgio Baptista Quintanilha (AC).

Em seu voto, o conselheiro ainda disse que o enviado ao STF pela Confenen coloca o direito à educação das pessoas com deficiência sob grave ataque. “No princípio de agosto, tal confederação, caminhando na contramão dos direitos fundamentais, tentou extirpar o direito à educação. Em sua ação, pleiteia a declaração de inconstitucionalidade de dispositivos que garantem estrutura educacional para as pessoas portadoras de deficiência. O pleito contraria diversos preceitos constitucionais e infraconstitucionais, múltiplas normas e decretos, resoluções e normas técnicas do Ministério da Educação. Na prática, afeta diretamente 45 milhões de pessoas e suas famílias”, exemplificou.

Por fim, Quintanilha ressaltou que o ingresso da OAB agregará valor à luta contra a discriminação e a exclusão de pessoas do ambiente de ensino e da sociedade. “O pedido da Confederação não se sustenta. O Brasil é signatário da convenção da ONU que prevê que os estados garantam o direito à educação, sem discriminação e com igualdade de oportunidades. Deve-se assegurar a efetivação de um sistema inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida”, apontou.


Fonte: OAB - Conselho Federal

Para Conselho Pleno da OAB, Novo CPC não pode ser adiado

Brasília – O Conselho Pleno da OAB posicionou-se contrário a propostas que visem o adiamento do início da vigência do Novo Código de Processo Civil. Por decisão unânime, o colegiado apoiou a ação da diretoria da Ordem para garantir que o texto entre em vigor em março do ano que vem, um ano após sua sanção.

A OAB Nacional atuará para que propostas que tentem adiar o Novo CPC não sejam aprovadas. Segundo o presidente nacional da Ordem, “a sociedade não tolera mais um Judiciário moroso, onde os litígios são eternos”. “Adiar a vigência do novo CPC vai na contramão deste desejo'', asseverou.

O vice-presidente da OAB, Claudio Lamachia, reafirmou o posicionamento da Ordem, classificando como de extrema importância o assunto. Os conselheiros federais Paulo Roberto de Gouvêa Medina (MG) e Sérgio Eduardo Freire Miranda (PI) afirmaram que a Ordem tem de estar atenta a movimentações legislativas que tentem adiar a entrada em vigor do texto.


Fonte: OAB - Conselho Federal

“Novo CPC é o Estatuto da Advocacia parte II”, diz presidente da OAB

"Novo CPC também deixa claro que os honorários de sucumbência 
são devidos ao advogado, não à parte" 

Brasília – Lotando dois auditórios da OAB Nacional, o Seminário Novo CPC - Honorários Advocatícios e outros temas, reúne alguns dos maiores especialistas do País, nesta segunda-feira (21).

“O Novo CPC é o Estatuto da OAB parte dois”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, durante a abertura do evento.

Ele destacou que o Novo CPC também deixa claro em sua nova redação que os honorários de sucumbência são devidos ao advogado e não à parte vencedora. Além disso, ressaltou, “esses honorários serão pagos também durante a fase recursal, ou seja, serão ampliados durante esta etapa em função do trabalho extra do advogado”.

A solenidade de abertura contou também com a participação do vice-presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia, que coordena a Campanha Nacional pela Dignidade dos Honorários.

“Outro ponto que é fundamental a ser comemorado é o fim do parágrafo 4º do artigo 20 do atual CPC. A partir de março de 2016 acabaram as possibilidades de qualquer tipo de aviltamento de honorários”, salientou Lamachia.

Com mais de mil inscritos, a OAB transmite o evento ao vivo. O encerramento será feito com a Conferência Magna do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

Assista ao evento ao vivo. Confira a íntegra da programação.


Fonte: OAB - Conselho Federal

Fim da transmissão: Seminário Novo CPC Honorários Advocatícios

Brasília - Acompanhe a transmissão ao vivo do Seminário Novo CPC Honorários Advocatícios, promovido pela OAB Nacional.



  Fim da transmissão
Encerramos neste momento a transmissão do Seminário: Novo CPC - Honorários Advocatícios. Muito obrigado a todos que anos acompanharam. Acompanhe a cobertura completa deste evento no site da OAB Nacional.
  Ao vivo
Fala neste momento o diretor-jurídico da Caixa Econômica Federal, Jailton Zanon, que agradece a parceria da OAB Nacional pela parceria na realização do seminário.
  Ao vivo
Luiz Fux encerra sua conferência citando Fernando Pessoa:
É o tempo da travessia 
E se não ousarmos fazê-la 
Teremos ficado para sempre 
À margem de nós mesmos
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código tem suas virtudes e seus defeitos, mas ele é corajoso, ousado e voltado aos novos tempos. Ninguém pode servir a sua época e a todas as épocas ao mesmo tempo.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Novo CPC evita surpresas. Ele prevê que os processos tenham duração razoável, isonomia, contraditório e segurança jurídica.
  Ao vivo
Luiz Fux: Agora a lei prevê que os juízes podem nomear amicus curiae para auxiliar nas suas decisões.
  Ao vivo
Você também pode acompanhar a cobertura deste evento por meio das redes sociais. Curta a página da OAB Nacional no Facebook.
Siga também a OAB Nacional no Twitter e no Instagram.
  Ao vivo
Luiz Fux: Hoje há interesses regulados na sociedade que gravitam em torno da prestação de serviços concedidos que atingem a todos. No caso de ações reiteradas, é possível que o Conselho Nacional de Justiça suspenda os processos de tese idêntica, para que haja o julgamento único pelo STJ (nos casos infraconstitucionais) ou no STF (para os casos constitucionais). Foi uma maneira que encontramos para enfrentar a litigiosidade. Um a cada dois brasileiros tem ações na justiça. Vivemos um tempo de beligerância judicial.
  Ao vivo
Luiz Fux fala agora sobre demandas repetitivas: Encontramos no Direito Alemão um processo que pode ser considerado modelo, servindo de exemplo para milhões de processos. Um corretor lesou seis milhões de clientes.
  Ao vivo
Luiz Fux: Nós criamos a limitação do agravo mas criamos a sustentação oral em substituição. 
  Ao vivo
Luiz Fux fala agora dos métodos extrajudiciais de solução de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
  Ao vivo
Luiz Fux arranca risos da platéia ao falar sobre as audiências públicas e a coleta de sugestões: Acolhemos 80% das sugestões que passaram da triagem inicial. Deixamos de fora algumas, como a queria pena de morte para os devedores de alimentos.
  Ao vivo
Luiz Fux fala sobre o trabalho da comissão: Durante um mês cada um de nós pensamos no que seria importante incluir no Novo Código. Sem repetições ou inovações abruptas. 
  Ao vivo
Luiz Fux cita dois motivos principais para a necessidade de um novo Código:
A duração razoável dos processos e a nova ideologia do sistema anglo-saxônico que impregnava o sistema brasileiro.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código de 1939 foi alterado em 1973. E o de 73 apenas agora. Precisávamos evoluir.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Poder Judiciário não convivia mais com as queixas sobre a crise das formas usuais da prestação da Justiça. O processo não estava cumprindo seu objetivo maior que é dar justiça às partes dentro de um prazo razoável.
  Ao vivo
Luiz Fux conta sua trajetória na magistratura e suas percepções: O magistrado deve fazer com que a parte não sinta a lesão aos seus direitos, por isso a necessidade do respeito ao prazo razoável.
  Ao vivo
Luiz Fux: Todos fazem jus a um judiciário imparcial que atue de maneira célere.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código deve ter seus defeitos, não temos dúvida. Isso faz parte. Mas podem ter certeza que o Novo CPC trará muito avanços a administração da Justiça.
  Ao vivo

Luiz Fux: eu desde muito cedo comecei a trabalhar num escritório de advocacia como office boy, depois com meu pai. Hoje sou um magistrado cercado por advogados por todos os lados. 
  Fim da transmissão
Encerramos neste momento a transmissão do Seminário: Novo CPC - Honorários Advocatícios. Muito obrigado a todos que anos acompanharam. Acompanhe a cobertura completa deste evento no site da OAB Nacional.
  Ao vivo
Fala neste momento o diretor-jurídico da Caixa Econômica Federal, Jailton Zanon, que agradece a parceria da OAB Nacional pela parceria na realização do seminário.
  Ao vivo
Luiz Fux encerra sua conferência citando Fernando Pessoa:
É o tempo da travessia 
E se não ousarmos fazê-la 
Teremos ficado para sempre 
À margem de nós mesmos
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código tem suas virtudes e seus defeitos, mas ele é corajoso, ousado e voltado aos novos tempos. Ninguém pode servir a sua época e a todas as épocas ao mesmo tempo.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Novo CPC evita surpresas. Ele prevê que os processos tenham duração razoável, isonomia, contraditório e segurança jurídica.
  Ao vivo
Luiz Fux: Agora a lei prevê que os juízes podem nomear amicus curiae para auxiliar nas suas decisões.
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Luiz Fux: Hoje há interesses regulados na sociedade que gravitam em torno da prestação de serviços concedidos que atingem a todos. No caso de ações reiteradas, é possível que o Conselho Nacional de Justiça suspenda os processos de tese idêntica, para que haja o julgamento único pelo STJ (nos casos infraconstitucionais) ou no STF (para os casos constitucionais). Foi uma maneira que encontramos para enfrentar a litigiosidade. Um a cada dois brasileiros tem ações na justiça. Vivemos um tempo de beligerância judicial.
  Ao vivo
Luiz Fux fala agora sobre demandas repetitivas: Encontramos no Direito Alemão um processo que pode ser considerado modelo, servindo de exemplo para milhões de processos. Um corretor lesou seis milhões de clientes.
  Ao vivo
Luiz Fux: Nós criamos a limitação do agravo mas criamos a sustentação oral em substituição. 
  Ao vivo
Luiz Fux fala agora dos métodos extrajudiciais de solução de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
  Ao vivo
Luiz Fux arranca risos da platéia ao falar sobre as audiências públicas e a coleta de sugestões: Acolhemos 80% das sugestões que passaram da triagem inicial. Deixamos de fora algumas, como a queria pena de morte para os devedores de alimentos.
  Ao vivo
Luiz Fux fala sobre o trabalho da comissão: Durante um mês cada um de nós pensamos no que seria importante incluir no Novo Código. Sem repetições ou inovações abruptas. 
  Ao vivo
Luiz Fux cita dois motivos principais para a necessidade de um novo Código:
A duração razoável dos processos e a nova ideologia do sistema anglo-saxônico que impregnava o sistema brasileiro.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código de 1939 foi alterado em 1973. E o de 73 apenas agora. Precisávamos evoluir.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Poder Judiciário não convivia mais com as queixas sobre a crise das formas usuais da prestação da Justiça. O processo não estava cumprindo seu objetivo maior que é dar justiça às partes dentro de um prazo razoável.
  Ao vivo
Luiz Fux conta sua trajetória na magistratura e suas percepções: O magistrado deve fazer com que a parte não sinta a lesão aos seus direitos, por isso a necessidade do respeito ao prazo razoável.
  Ao vivo
Luiz Fux: Todos fazem jus a um judiciário imparcial que atue de maneira célere.
  Ao vivo
Luiz Fux: O Código deve ter seus defeitos, não temos dúvida. Isso faz parte. Mas podem ter certeza que o Novo CPC trará muito avanços a administração da Justiça.
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Luiz Fux: eu desde muito cedo comecei a trabalhar num escritório de advocacia como office boy, depois com meu pai. Hoje sou um magistrado cercado por advogados por todos os lados. 

Fonte: OAB - Conselho Federal

OAB faz mobilização nacional pela criminalização do Caixa 2

Sessão do Conselho Pleno: mobilização nacional contra Caixa 2

Brasília - A OAB lançará no dia 22 de outubro uma mobilização nacional pela criminalização do caixa 2. O ato faz parte da segunda fase da campanha da Ordem contra a corrupção e será realizado um ano antes das eleições de 2016. De acordo com o presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o objetivo da ação é conscientizar eleitores para que deixem de votar em candidatos que usam recursos não contabilizados em suas campanhas.

A mobilização, que será lançada no Rio de Janeiro, contará também com outras entidades da sociedade civil, que serão convidadas para unir esforços na luta pela criminalização do caixa 2.

"A OAB, juntamente com entidades parceiras, instam a sociedade a não votar em candidatos que fizerem campanhas milionárias. Queremos campanhas com ideias e propostas, guiadas por debates e diálogos com a população”, disse Marcus Vinicius.

Segundo ele, a fiscalização da existência de caixa 2 ficará mais fácil com a recente proibição do investimento empresarial em partidos e candidatos, uma vez que as campanhas “hollywoodianas” serão suspeitas de uso indevido de recursos.

"A Ordem entende que cada brasileiro deverá ser fiscal dos processos eleitorais, coibindo compras de votos e o uso de recursos não contabilizados em suas campanhas. Para auxiliar nesta luta, fundamental se faz a criminalização do caixa 2. Na segunda fase de nossa campanha contra a corrupção, lançada no começo do mês, tal tema é prioritário", disse.

Na última semana, em vitória histórica para a sociedade, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a doação de empresas privadas para o financiamento de campanhas. A ação foi proposta pela OAB e teve voto favorável de 8 dos 11 ministros. A decisão já valerá para o pleito de 2016.



Fonte: OAB - Conselho Federal

OAB assina compromisso com África do Sul e estreita relações com BRICS

Marcus Vinicius assina termo de compromisso 
com Richard Scott, da África do Sul 

Brasília - A OAB Nacional assinou termo de cooperação com a Law Society of South Africa para fortalecimento da advocacia entre o Brasil e a África do Sul, dando continuidade à missão de estreitamento de laços com os países do BRIC, bloco que reúne ainda China, Índia e Rússia.

Entre os pontos de destaque do acordo está a colaboração na defesa dos direitos humanos, a integração entre os países, a troca de experiências culturais e a realização de intercâmbios de advogados entre os dois países. O termo foi assinado nesta segunda-feira (21), durante a sessão do Conselho Pleno da OAB.

Segundo o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, a relação bilateral já era evidente, mas necessitava de concretização formal. É um importante passo na relação diplomática da advocacia.

“Desta forma, a advocacia brasileira se fortalece no cenário mundial, com um dos maiores contigentes de profissionais do mundo. Nossa entidade é espelho para muitas congêneres, pelo fato de termos legitimidade para contestar atos do governo, atuando como voz da sociedade civil”, afirmou.

Richard Scott, co-presidente da Law Society of South Africa, saudou a assinatura do termo, explicando que a advocacia sul-africana passa por momentos de mudança, com a unificação de suas diversas associações sob um único estatuto. “Procuramos representar os interesses de nossos associados e cidadãos, da mesma forma que o Brasil vem fazendo com grande êxito. Estatuto é importante para que nos coloquemos como entidade que respeita direitos humanos”, esclareceu. (IT)


Fonte: OAB - Conselho Federal

Presidente da OAB abre exposição de mestres entalhadores do Piauí

Diretoria e conselheiros na abertura da exposição

Brasília – O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, inaugurou nesta segunda-feira (21) a exposição “Mão do Homem, Mão de Deus: Mestres Entalhadores do Piauí”, uma mostra que traz esculturas em madeira de dez artistas piauienses.

Ao abrir a exposição, Marcus Vinicius destacou o papel central do Piauí na arte com madeira, sem o uso de cola, na qual o artista vale-se somente dos cortes. “É a chamada arte santeira, que retrata santos e divindades, tão presentes na cultura do nordestino, do sertanejo”, explicou.

O presidente disse que o objetivo é trazer à tona ‘brasilidades’ de um País que tem como dom fabricar cultura. “São 27 Estados, cada um com suas peculiaridades artísticas e culturais. O Brasil é rico em arte e em talentos, portanto o Conselho Federal da OAB firma esse compromisso de promover a cultura, que integra o rol de direitos fundamentais constitucionais”, apontou.

“O genial Michelangelo já dizia que a obra já nasce feita, cabendo ao homem apenas retirar os excessos”, disse Marcus Vinicius. Quem visita a exposição ganha uma material explicativo sobre o trabalho dos artistas, bem como uma síntese da arte piauiense. O texto de apresentação é de autoria do próprio presidente da OAB e a curadoria é de Márcio Teixeira.

Veja, abaixo, o texto do folder da exposição:

APRESENTAÇÃO

Assim como o sopro da criação divina, que do barro fez o homem, as mãos dos mestres entalhadores do Piauí também criam e recriam vidas, histórias e profissões de fé. A arte de dar vida à madeira documenta, com talento e poesia, a devoção do povo sertanejo e sua labuta cotidiana. (...)

É pelas lentes da arte que enxergamos o mundo, desprovido do fetiche e das máscaras ideológicas. A sensibilidade do artista para perceber as dores e os sabores da vida é a mesma que deve guiar o jurista no seu labor diário de luta pela liberdade e dignidade humana.

Marcus Vinicius Furtado Coêlho, Presidente Nacional da OAB



MÃO DO HOMEM, MÃO DE DEUS: MESTRES ENTALHADORES DO PIAUÍ

A arte feita com as mãos em nome da imaginação, herdeira de séculos de transmissão de um saber ancestral: o do manejo das ferramentas para a transformação da madeira em imagem poética. Esta é a marca dos objetos que se apresentam nesta mostra, concretizados pela habilidade, pela fé e pela observação das coisas do mundo.

Os mestres santeiros do Piauí – Dezinho, Expedito, Ageu e seus seguidores – trazem as formas que emulam o eco daquele outro mestre, da Minas Gerais colonial, para nós emblemático de uma subversão ao cânone estético europeu: o Aleijadinho que frequenta o imaginário de todo brasileiro. Há algo que vem de um entendimento do mundo como cruzamento de fronteiras culturais, étnicas e ideológicas. (...)

Bem vindos ao reino da madeira transformada.

Profª Marília Panitz

VISITAÇÃO

21 de setembro a 20 de novembro 2015

Segunda a Sexta, 10h às 17h

Quartas, 10h às 20h30

Entrada Franca

Conselho Federal da OAB

SAS Qd 05 Lt 1 Bl M. Térreo

INFORMAÇÕES: (61) 2193 9606

------------------------------- MESTRES ENTALHADORES DO PIAUÍ

Mestre Antônio Carlos

Antônio Carlos Pereira da Silva

Nascido em Parnaíba-Piauí, a 24 de junho de 1972, Antônio Carlos começou sua carreira aos vinte anos, depois de participar de um curso de formação profissional. É considerado um dos mais criativos e talentosos artesãos do Piauí. Participou de todas as edições da exposição Janeiro Arte, em Parnaíba-PI e dos 5° e 6° Salões de Arte Santeira (Parnaíba e Teresina, respectivamente), Exposição de Artes Plásticas na Universidade Federal do Piauí em Teresina-PI.

Mestre Araújo

José Joaquim de Araújo

Nascido em Domingos Mourão, em 03 de julho de 1952, Araújo esculpe e entalha originais e expressíveis imagens, que bem representam a arte santeira do Piauí. Em 1969 começou a criar suas primeiras imagens: uma Nossa Senhora de Fátima e um São Sebastião. Sua ligação familiar com Mestre Expedito, seu tio, fez com que Araújo optasse definitivamente pela arte santeira.

A arte de Araújo ultrapassou fronteiras. Esculpiu em Teresina, Fortaleza e Belo Horizonte, onde participou de várias exposições. Suas peças são encontradas no Centro de Artesanato Mestre Dezinho – PRODART, onde um grande número de visitantes as adquire. Raramente consegue guardar uma peça, pois, além dos trabalhos para a loja, recebe várias encomendas e, mesmo não sabendo para onde vão, acredita que já estejam espalhadas por todo o país.

Mestre Cornélio

José Cornélio de Abreu

Nascido em Campo Maior-Piauí, em 1955, Cornélio começou a trabalhar muito cedo, ajudando seu pai na marcenaria. Iniciou sua vida de santeiro ao lado do mestre Carlos B., esculpindo um Cristo de galho de cajueiro em tamanho natural, para a Igreja São João Evangelista, a “Igreja do Parque”, como é conhecida. (Parque Piauí) – Teresina-Piauí.

Sua persistência e capacidade criativa levaram-no à conquista de vários prêmios e a inúmeras participações em feiras e exposições. Foi premiado no Salão de Artesãos Piauienses (1974); I Salão de Janeiro (1976); II Salão Universitário de Arte Santeira (1981) e no VII Salão de Artes Plásticas do Piauí, todos em Teresina-Piauí (1981). Participou de mostras nacionais no Rio de Janeiro-RJ (1976), Teresina-PI (1976); Salvador-BA (1980 e 81); Brasília-DF (1987) e São Paulo (1987 e 88); Córdoba-Argentina (1995), Curitiba-PR e Pádova-Itália (1999).

Mestre Guilerme

José Gulerdúcio dos Santos

Nascido em Parnaíba-Piauí, a 02 de agosto de 1961, Guilherme, desde criança, observava atentamente peças artesanais e se imaginava executando suas próprias obras. Incentivado pelo Projeto Rondon, esculpiu sua primeira peça, um tatu, que ganhou o primeiro lugar na oportunidade.

Participou de várias exposições nacionais, suas obras foram expostas no V Salão de Arte Santeira, em Teresina-PI, Bienal, em São Paulo-SP; Shoppings do Rio de Janeiro-RJ; Park Shopping, em Brasília-DF; Feira do Móvel, em Fortaleza-CE, dentre outras, além de várias exposições em diversos estados brasileiros através do PRODART.

Mestre Juca Lima

Raimundo Sousa Lima Filho

Nascido em Parnaíba-Piauí em 04 de maio de 1965, Juca Lima aprendeu o ofício sozinho, apenas com o incentivo da família, que percebeu o talento e a genialidade do garoto que produzia seus próprios brinquedos.

Começou profissionalmente em 1983. Suas obras foram expostas na Casa do Piauí, na Universidade Federal do Piauí, em Parnaíba-PI (1997) e Clube dos Diários, em Teresina-PI no mesmo ano. Participou de todas as edições da exposição Janeiro Arte, em Parnaíba-PI, de 1994 a 1999, VI Salão de Arte Santeira, em Teresina-PI (1999);  exposição Arte Verão, em Parnaíba-PI (1996) e Exposição Arte da Casa da Cultura, em Teresina-PI (1987).

Mestre Júnior

Martinho Abreu Júnior

Nascido em Campo Maior-Piauí, a 10 de setembro de 1958, aos onze anos Júnior já era ferreiro, ofício ensinado pelo seu cunhado. Em 1974, morando em Teresina, recebeu orientação do seu irmão mais velho, Cornélio, um bom santeiro do Piauí.

Logo, Júnior ganhou asas próprias e começou a atender encomendas das lojas do Mercado central e da Central de Artesanato do Piauí. Suas peças têm bom acabamento e proporções quase perfeitas. Por isso a preferência de lojas especializadas do sul do País e de São Luís-MA, onde são muitas as encomendas.

Participou de várias feiras de arte, gincanas e mostras coletivas, destacando-se a I Gincana de Artes Plásticas, em Teresina-PI (1977); Feira de Artesanato do Centro Social Urbano, em Teresina-PI (1977 e 78); Mostra de Artistas Plásticos Piauienses, em Brasília-DF (1977) e IV Salão de Artes Plásticas, em Teresina-PI (1978)

Mestre Maurício

Maurício Jonas Mendes da Costa

Nascido em Teresina-Piauí, a 18 de outubro de 1972, Maurício, com seu talento jovem e timidez, começou a trabalhar por iniciativa própria aos 15 anos de idade.

Procura desenvolver e aprimorar sua técnica esculpindo na madeira os estilos santeiro e regional. Em cada peça produzida representa sua genialidade e talento. Além de imagens, esculpe máscaras com uma característica própria.

Mestre Paquinha

Marcos Fernando Rodrigues da Silva

Nascido em Teresina-Piauí, a 18 de janeiro de 1957, Paquinha começou a trabalhar na oficina do Mestre Cornélio. A partir da iniciação, passou a dedicar-se à arte da escultura em madeira. Participou de feiras de artesanato e salões de arte em Teresina, Brasília e São Paulo. Em 1983, recebeu o primeiro prêmio no IV Salão de Arte Santeira, promovida pela Universidade Federal do Piauí.

Paquinha tem se revelado um artista de fortes marcas pessoais em trabalhos de apurado nível técnico. Inventou um tipo de “múltiplo escultural”, onde as figuras se encaixam ou se dissociam perfeitamente, formando um conjunto de grande beleza e versatilidade. Esses oratórios povoados de santos revelam mensagens e traduzem o talento habilidoso e criativo do artista.

Mestre Reis

José Carlos Alves Reis

Nascido em Parnaíba-Piauí, a 25 de fevereiro de 1952, Reis iniciou no ofício de artesão em 1972. Sua habilidade e criatividade superam a falta de uma formação artística mais acadêmica.

Participou de diversas feiras e salões destacando-se o II Salão de Artes Plásticas, em Teresina-PI (1976); Encontro com a Cultura, em Parnaíba-PI (1979); II Salão de Arte Santeira (1981). Individualmente, expôs na Escola Lélio Avelino, em Teresina-PI (1975); em Brasília-DF (1980); em Vitório-ES (1983) e ainda participou do Encontro de Mestres Artesãos em Madeira no Ministério do Trabalho em Brasília-DF (1987) e dos VII e XX Encontro Latino-Americano de Folclore e Artesanato, ambos em Caruaru-PE, além de várias feiras e exposições em diversos estados brasileiros.

Mestre Toinho

Francisco de Souza Ribeiro

Nascido em Parnaíba-Piauí, a 13 de outubro de 1968, Mestre Toinho começou a trabalhar, aos 13 anos, observando a técnica e a dedicação de seu pai, fatores que ele procura aprimorar a cada nova peça.

Expôs suas obras no Park Shopping, em Brasília, e na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. Segundo colocado na Exposição de Arte Santeira, em Teresina, e primeiro colocado na Exposição de Arte Santeira, em Parnaíba. Explora com perfeita habilidade os temas regionais e santeiros em suas obras, com acabamento estritamente natural a base de lixas.


Fonte: OAB - Conselho Federal