sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

POSICIONAMENTO DO PRESIDENTE DA OAB-PA

Advogados e Advogadas,

Recebi, não com surpresa, por meio das redes sociais, texto e banner ofensivos à minha honra subjetiva, preparados por assessoria política e de imprensa, nos quais, Conselheiros Seccionais se dizendo maioria no Conselho Seccional, atacam a gestão atual por mim presidida.

Assim, necessário se faz tecer algumas considerações a respeito dos temas ali assacados, menos pelo merecimento, pois a iniciativa se vê, desde logo de cunho eminentemente eleitoral, e mais porque devo satisfação àqueles que acreditam nos rumos que estão sendo dados à nossa Instituição.

Antes de adentrar ao mérito propriamente dito, observo desde logo uma deficiência lógica no texto, pois somos um total de 74 Conselheiros entre titulares e suplentes, portanto a lista está longe de ser considerada maioria, mas ainda que fosse, não haveria problema em seguir adiante, mesmo tendo minoria do Conselho, pois sempre acreditei na democracia e saberia perfeitamente conduzir os trabalhos da seccional sem maiores atropelos.

Feita essa importante observação, antes, porém, de seguir aos esclarecimentos, atento para o fato de que os quesitos indicados são matérias “interna corporis”, que, a meu juízo, caberiam exclusivamente em discussões no nosso cotidiano laboral (caso ali estivessem, pois alguns que subscrevem sequer comparecem à sede de nossa casa); mas parece que alguns, durante esses anos todos, não aprenderam com os erros do passado. Esquecem que, na sua sanha de poder, ao atacar gratuitamente o presidente da OAB, voltam-se contra a Instituição Ordem dos Advogados e não o Alberto Campos.

O grupo que assina a nota, desde a primeira sessão do Conselho faz oposição sistemática e ferrenha à atual gestão, boicotando eventos, constrangendo Conselheiros nas sessões com linguagem e posturas inadequadas à solenidade das mesmas ou ainda sendo omissos na função para a qual foram eleitos.

Os cargos, para quem não sabe, de presidentes de comissão na OAB são de confiança do Presidente e este, se não estiver satisfeito com o desempenho de determinada Comissão, poderá fazer mudanças de acordo com o que entender apropriado. Outrossim, os poderes que reclamam terem sido retirados da Corregedora, opositora da gestão, também foram porque a ela, no início da gestão, deleguei competência que originariamente e regimentalmente pertence ao Presidente da OAB e, no momento em que houve a formal declaração de ser oposição, mesmo estando na gestão, obviamente que se quebrou o elo de confiança havido entre nós, só restando então a revogação do ato de delegação.

No mais, estão querendo me impingir uma característica descabida. Se é esse o caminho escolhido pela oposição para trilhar até novembro, realmente me decepciono, pois esperava um debate mais qualificado entre os postulantes ao cargo. Ficar espalhando notinha ofensiva, visando atribuir a mim atos de autoritarismo, só estando afastado da nossa Seccional, cuja porta da diretoria permanece aberta a quem precisar e quiser ajuda ou participar da gestão.

Ser oposição e continuar na gestão, na minha opinião, é hipocrisia. Por que não fazem o que pregavam nas eleições passadas quando parte da gestão também foi ser oposição e se exigia desses colegas a renúncia? Pode ser que pensam que as regras valem apenas para alguns!

Vamos em frente, minhas colegas e meus colegas, a OAB é maior que isso e muito trabalho ainda temos por fazer. Hoje, a OAB-PA é apartidária e recepciona a todos, primando por uma gestão representativa e plural em defesa da sociedade civil e da advocacia, inexistindo mais espaço qualquer para discursos de ódio, porque como já enunciada Hannah Arendt ao interpretar o amor em Santo Agostinho, precisamos nos esforçar para exercitar dentre todas as formas de amor aquele voltado à sociedade que nos circunda.

Alberto Antonio Campos
Presidente da OAB-PA


Fonte: OAB PARÁ

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