quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Estudos com animais devem ser restringidos ao máximo, diz promotora


Brasília – Promotora de Justiça em São Paulo, Vânia Tuglio apresentou aos participantes do I Fórum de Direitos dos Animais, nesta segunda-feira (14), panorama sobre a utilização de bichos em experimentos científicos e em indústrias diversas. Apesar de evoluções na regulamentação da atividade, ainda é preciso melhorar no sentido de restringi-la ao máximo e apostar em métodos alternativos.

Segundo Vânia, as leis e decretos que regulam a utilização de animais apresentam benefícios como a criação de comissões de ética para acompanhar os estudos e a limitação de possibilidades para este prática.

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No entanto, estas normas ainda deixam espaço aberto para a vivissecção em projetos que não contribuem para a descoberta que beneficiem a sociedade e que poderiam usar métodos alternativos.

Um dos grandes empecilhos para a adoção de métodos alternativos em experimentos é a presença deles em diversas atividades econômicas, não apenas na farmacêutica, criação de vacinas e em estudos científicos.

Para a especialista, é ilusório achar que a utilização de animais será totalmente proibida. “A experimentação animal é antes de tudo uma atividade econômica altamente lucrativa. Não há temos espaço político e econômico para eliminar o abate de animais ou o seu uso para fins científicos. Temos quase o dobro de animais para consumo do que de humanos no Brasil”, afirmou.

Vânia Tuglio contou ainda um pouco sobre a atuação do grupo de promotores que trabalham em defesa dos animais em São Paulo, principalmente o emblemático caso de uma mulher condenada a 12 anos de prisão pela morte de 37 cães e gatos em 2012. “Essa sentença é histórica porque faz justiça ao assassinato”, finalizou. (IT)


Fonte: OAB - Conselho Federal

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